ASTERACEAE

Austrocritonia taunayana (Glaz. ex B.L.Rob.) R.M.King & H.Rob.

Como citar:

Lucas Moraes; Luiz Santos Filho. 2017. Austrocritonia taunayana (ASTERACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

5.073,02 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica e nativa do Brasil. Encontrada na região sudeste, no estado do Rio de Janeiro (Hattori, 2015). No município do Rio de Janeiro, foi coletada no Parque Nacional da Tijuca, na Pedra da Gávea (J.P.P. Carauta 2748) e no morro Dois Irmãos (A.P. Duarte 315). Coletada no município de Itatiaia, no Parque Nacional do Itatiaia, na base das Prateleiras (A.P. Duarte 315). Coletada na Serra dos Órgãos (L.B. Smith 1528).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos Filho
Critério: B1ab(i,ii,iii,v)+2ab(i,ii,iii,v)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie arbustiva terrícola é endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015). Possui EOO=4438 km² e AOO=16 km². Está sujeita a três situações de ameaça. Ocorre no Parque Nacional do Itatiaia, na Serra dos Órgãos e no município do Rio de Janeiro, onde foi encontrada no Parque Nacional da Tijuca. Está ameaçada pela elevada taxa de incêndios (Aximoff, 2007) e pelo turismo descontrolado no Parque Nacional do Itatiaia (Barros, 2003); pela ocupação irregular no Parque Nacional da Tijuca (Figueiró e Coelho Netto, 2009) e pelo aumento na frequência de incêndios na Serra dos Órgãos (Ibama, 2014; ICMBio, 2014). Esse conjunto de ameaças acarreta declínio contínuo da EOO, AOO, qualidade do hábitat, e pode-se suspeitar de declínio em número de indivíduos maduros.

Último avistamento: 2005
Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Phytologia 37(5): 456. 1977

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Campo de Altitude
Fitofisionomia: Campos de Altitude
Habitats: 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Detalhes: Arbusto, terrícola, presente em Mata Atlântica, em campo de altitude e floresta ombrófila (Hattori, 2015). Caracteriza-se por ser um arbusto com folhas cartáceas discolores, verdes e Caule Rosado. Possui capítulos de cor alva, é heliófila e o registro de coleta referente ao Parque Nacional do Itatiaia indica ser uma espécie frequente (A.P. Duarte 315).
Referências:
  1. Hattori, E.K.O., 2015. Austrocritonia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB111532> Acesso em: 13 de Março de 2015.

Reprodução:

Detalhes: Coletada com flores no mês de março (A.P. Duarte 315).
Fenologia: flowering (Mar~Mar)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.3.2 Competition 8.2.2 Named species occupancy past,present,future local medium
Artocarpus heterophyllus (jaca ou jaqueira) introduzida a aproximadamente 150 anos no Parque Nacional da Tijuca já é considerada uma espécie invasora (de Abreu and Rodrigues, 2010), representando uma ameaça a espécie.
Referências:
  1. De Abreu, R.C., Rodrigues, P.J.F., 2010. Exotic tree Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invades the Brazilian Atlantic Rainforest/Árvore exótica Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invade a Mata Atlântica brasileira. Rodriguésia 61, 677–688.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas locality,habitat,occupancy,occurrence past,present,future local high
No Parque Nacional da Tijuca, a expansão de áreas de ocupação irregular, o adensamento urbano nas cotas altimétricas mais baixas, a intensificação do fluxo de veículos e pessoas e a proliferação de trilhas não planejadas e não monitoradas nas áreas de borda limítrofes ao Parque representam ameaças a espécie (Figueiró e Coelho Netto, 2009)
Referências:
  1. Figueiró, A.S., Coelho Netto, A.L., 2009. Impacto ambiental ao longo de trilhas em áreas de floresta tropical de encosta : Maciço da Tijuca Rio de Janeiro - RJ. Mercator 8, 187–200. doi:10.4215/RM2009.0816.0015
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Tourism & recreation areas habitat,occurrence past,present,future local medium
O turismo no Parque Nacional do Itatiaia é uma atividade intensa e muitas vezes, descontrolada, geradora de uma série de impactos ambientais como apontado no estudo de Barros (2003), como a expansão excessiva da largura de trilhas e a erosão do solo.
Referências:
  1. Barros, M.I.A. De, 2003. Caracterização da visitação, dos visitantes e avaliação dos impactos ecológicos e recreativos do planalto do Parque Nacional do Itatiaia. Piracicaba, SP 121.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity locality,habitat,occupancy,occurrence,mature individuals past,present,future local very high
O Parque Nacional da Itatiaia sofre com a ocorrência de incêndios excessivos prejudiciais ao parque e à conservação e manutenção da biodiversidade da área, como apontado no relatório técnico de Aximoff (2007).
Referências:
  1. Aximoff, I., 2007. Impactos do fogo na vegetação do Planalto do Itatiaia. Relatório Técnico. Parq. Nac. Itatiaia. ICMBio/MMA.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Ocorre no Parque Nacional da Tijuca (J.P.P. Carauta 2748).
Ação Situação
1 Land/water protection on going
Ocorre no Parque Nacional do Itatiaia (A.P. Duarte 315).